Sobre temaki, cochilo e camiseta


Eu cheguei hoje do estágio, cheia de vontade de escrever. Mas e o tema? Às vezes ele me vem fácil, outras vezes nem tanto. Hoje foi inusitado. Estava conversando com meu parceiro e pedi uma sugestão de tema. Ele queria dormir mais e disse brincando que eu deveria escrever sobre temaki, já que ele estava enrolado como um temaki, pronto para dormir. Eu aceitei o desafio.
Antes de tudo, quero contar o que aconteceu esses dias. Eu queria comer comida japonesa e pedi a entrega. Antes de fechar o pedido, perguntei várias vezes ao meu parceiro se ele queria alguma coisa. Ele repetidamente disse que não. No final eu acabei ficando sem meu temaki pois quando a comida chegou ele fez aquela cara de cachorro esfomeado. Fiquei com os sushi e sashimis. E com vontade de comer temaki.
Achei interessante quando pesquisei para escrever esse texto e descobri que temaki vem de “te” que significa “mão” e “maki”, enrolado. Ou seja, enrolado à mão (diferente do sushi que é enrolado com uma esteira de madeira). Ele foi inventado em Tóquio em 1971 como uma opção de comida rápida feita com sobras de sushi e sashimi. Ou seja, o equivalente japonês do carreteiro brasileiro (arroz com sobras de churrasco). Entretanto, ao chegar ao Brasil, o prato virou Gourmet e o preço ficou mais robusto. Existem até mesmo lojas especilizadas em Temaki.
Eu considero a experiência de comer um temaki bem especial, principalmente quando a alga é fresca e crocante, com salmão fresco e cream cheese geladinho e cremoso. A tensão vem ao colocar o shoyo e torcer para que ele não escorra na ponta do temaki, o que torna o ato de comê-lo um tanto mais difícil.
Meu temaki preferido é o de salmão com cream cheese. Mas já vi muitos sabores, inclusive de ganache, usando uma casquinha de sorvete ao invés da alga. Tem também um com camarão que é uma delícia.
Mas o que o temaki tem a ver com a camiseta? É uma questão de sabedoria. Quem come Temaki ou outras peças da comida japonesa com alguma frequência, sabe que o melhor é ir de roupas escuras para evitar que o shoyo manche a roupa. Eu já manchei uma blusa que eu adorava com shoyo. Meu parceiro também. Agora sempre vamos de preto. É uma baita dica.
Adoro comer e falar sobre comida. E sobre outras coisas também, sou bem intrometida e falo de coisas que não sei muito bem, apenas por apreciar. Falo da minha perspectiva. Assim, minha sugestão final é que na próxima folga que você tiver, tire um cochilo, vista uma camiseta preta e vá comer um (ou mais) temakis. Acho difícil você se arrepender.

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